quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sistema mineiro que gerencia trabalho de presos é finalista em prêmio nacional

PDFImprimirEmail
Divulgação/Seds MG
Fábrica de costura
Fábrica de costura
BELO HORIZONTE (17/08/11) - O Estado de Minas Gerais é pioneiro na implantação do controle via internet do trabalho dos detentos nas unidades prisionais. Gerenciar a produção, a frequência e a remuneração dos presidiários são algumas das funções do Módulo Trabalho do Preso do Sistema de Informações Penitenciárias (Infopen), que está entre os 20 finalistas do prêmio “Excelência em Governo Eletrônico 2011”.
A cerimônia de premiação será realizada durante o 39° Seminário Nacional de Tecnologia da Informação e Comunicação para a Gestão Pública, que será promovido entre os dias 31 de agosto e 2 de setembro, em Porto de Galinhas, Pernambuco. O prêmio é oferecido pela Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (ABEP) e pelo Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão.
De acordo com o diretor de Trabalho e Produção da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), Helil Bruzadelli, trata-se de um módulo gerencial e operacional que ainda não existia no país e que garante controle eficiente do trabalho de mais de 9 mil presos. “Pelo sistema, controlamos todas as parcerias de trabalho, a produção, frequência e remuneração, além dos atestados de remissão e dados dos presos, como idade, escolaridade e profissionalização”, explica.
O sistema reúne, ainda, todos os Termos de Cooperação Técnica e dados das empresas parceiras e calcula, com base na produção, a remuneração de cada detento, gerando os Documentos de Arrecadação Estaduais (DAE´s).
Benefícios
Pelo trabalho, os detentos recebem remissão de pena, ou seja, a cada três dias trabalhados têm um a menos no cumprimento da sentença. Além disso, cerca de 4.500 presos realizam trabalho remunerado. Nesses casos, o valor do pagamento é distribuído em três partes: 50% é pago ao detento no mês seguinte à realização do trabalho; 25% destinado a pecúlio, que é levantado quando o preso se desliga do sistema prisional; e outros 25% utilizados para ressarcimento do Estado.
Por meio de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) e o Banco do Brasil, cerca de 1.500 presos já têm um cartão magnético para sacar o dinheiro que recebem pelo trabalho e para efetuar pagamentos a débito – uma iniciativa também inédita no país. A meta da Seds é que, até o final de 2014, todos os presos que trabalham de forma remunerada no Estado recebam o pagamento via cartão bancário.