Com o apoio da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio do Centro de Referência pelos Direitos Humanos e Cidadania de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CRLGBT), da Coordenadoria de Direitos Humanos, órgão da Secretaria Municipal Adjunta de Direitos da Cidadania (Smadc), Belo Horizonte realiza mais uma edição da Parada LGBT de Belô no domingo, dia 24, a partir das 11h, com concentração na Praça da Estação. O evento, organizado pelo Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual (Cellos-MG), traz esse ano o tema “Chega de Mortes e Violência! Por um Brasil sem Homofobia!”, e busca dar visibilidade às conquistas e aos desafios do movimento lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) em sua luta pela liberdade, pela livre orientação sexual, contra discriminações e preconceitos relacionados à orientação sexual e identidade de gênero. Em decisão histórica nas Nações Unidas, no dia 17 de junho de 2011, em Genebra, o Conselho de Direitos Humanos aprovou resolução sobre a violação dos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Expressando forte preocupação em relação a atos de violência e discriminação em todas as regiões do mundo, cometidos contra as pessoas por causa de sua orientação sexual e identidade de gênero, a ONU solicitou, entre outras medidas, que a Alta Comissária de Direitos Humanos encomende um estudo a ser concluído até dezembro de 2011, para documentar leis e práticas discriminatórias e atos de violência contra as pessoas por motivo de sua orientação sexual e identidade de gênero, em todas as regiões do mundo. Neste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou por unanimidade a equiparação dos direitos dos casais homossexuais aos de héteros. Uma decisão que beneficia milhares de casais LGBT. No entanto, a situação de violência constante que atinge a comunidade LGBT é preocupante. O preconceito homofóbico tem se manifestado diariamente e de formas diversas, que vai desde o xingamento, passando pela agressão física e até aos assassinatos. Em 2010, foram documentados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) 260 assassinatos homofóbicos no país. O Brasil é o campeão mundial em número de assassinatos LGBT. Minas Gerais é o quinto estado mais violento, apresentando 18 assassinatos no ano passado. Ações O secretário municipal adjunto de Direitos de Cidadania, José Wilson Ricardo, ressalta a importância de se potencializar as ações de enfrentamento da violência contra o segmento LGBT a partir dos esforços conjuntos do governo municipal e de toda comunidade em direção à construção de uma sociedade igualitária e livre de discriminação e preconceito. Neste sentido, reafirma o secretário, Belo Horizonte permanece atento ao seu compromisso de se tornar uma cidade para todos, alinhando-se com a histórica resolução da assembléia das Nações Unidas que conclama ao mundo, de forma prioritária, a por fim à violência e às violações dos direitos humanos cometidas por motivo de orientação sexual e identidade de gênero. A parada LGBT já é um fenômeno da mobilização social e de afirmação de direitos. Neste ano, o tema da parada é emblemático, pois coloca para a sociedade a situação da constante violência e de violações dos direitos que vivem a comunidade LGBT. “Neste sentido, nós do poder público, além de apoiadores, estamos juntos na construção e no enfrentamento à violência homofóbica, à efetivação da cidadania dos LGBT e por um cultura de paz, sem qualquer preconceito”, disse Carlos Magno., coordenador do CRLGBT. |
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