sexta-feira, 20 de maio de 2011

Dia Nacional do Gari é comemorado em BH

O Dia Nacional do Gari, instituído por lei em 31 de outubro de 1962 e celebrado no dia 16 de maio, foi comemorado pelos profissionais responsáveis pela coleta do lixo e pela limpeza das ruas e avenidas de Belo Horizonte. A Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), autarquia da Prefeitura responsável por manter a limpeza da cidade, homenageou os servidores, oferecendo uma atividade cultural e de lazer distante da realidade da maioria dos garis. Os cerca de 2.700 profissionais da área que prestam serviços à PBH assistiram a uma apresentação especial da peça “Concessa Tecendo Prosa”, no teatro do Colégio Padre Machado, no bairro Santo Antônio.

Gari da SLU que trabalha na região do Barreiro, Maria da Conceição Pierre afirmou ter gostado muito do espetáculo e disse que, além de se emocionar muito com a história, teve a oportunidade de rever amigos que trabalham em outras regiões. Vagner Cassimiro, gari que trabalha na região Oeste da capital, destacou que o dia de comemoração permitiu que os profissionais saíssem da rotina diária. “O espetáculo foi um show. Foi ótimo para sair da rotina de estresse que vivemos”, disse.

Responsáveis pela coleta do lixo e pela limpeza de ruas e avenidas da cidade, os garis são importantes agentes de limpeza urbana e essenciais para a conservação da cidade. Além da coleta domiciliar e da varrição de Belo Horizonte, os garis realizam, ainda, a coleta seletiva, a limpeza dos córregos, a coleta dos resíduos de saúde, a limpeza de deposições clandestinas, a lavação de ruas e avenidas, a limpeza das bocas de lobo e a capina. Com o trabalho, eles combatem, de forma direta, várias doenças que se desenvolvem com o acúmulo dos resíduos, como, por exemplo, a dengue.

Eduardo Hermeto, superintendente de Limpeza Urbana da capital, destacou a importância do trabalho feito pelos garis e afirmou que a homenagem aos profissionais foi merecida. “O gari merece todas as homenagens. É um profissional fundamental para a cidade, porque seu trabalho vai além de recolher o lixo. Ao deixar nossa cidade limpa, ele faz um importante trabalho de prevenção de doenças e ajuda o meio ambiente”, disse.

O nome Gari

O nome profissional de Gari foi dado em homenagem ao francês Pedro Aleixo Gary, primeira pessoa a assinar um contrato de limpeza pública com o Ministério Imperial, organizando assim, a partir do dia 11 de outubro de 1876, a remoção de lixo das casas e praias do Rio de Janeiro. Vencido o contrato, em 1891, entrou seu primo, Luciano Gary. Um ano após, a empresa foi extinta e inaugurada a Superintendência de Limpeza Pública e Particular da cidade, realizando um trabalho muito aquém do proposto em termos de limpeza pública. Os cariocas, acostumados com a limpeza das ruas após a passagem dos cavalos, mandavam chamar a turma do Gary. Aos poucos o nome se generalizou e até hoje os profissionais são chamados dessa maneira.

Como o cidadão pode contribuir com a limpeza de BH

- Não jogar lixo ou entulho nas vias públicas, córregos, lotes vagos, bueiros e encostas. Além de poluir a cidade, o lixo nas ruas entope bocas de lobo e pode provocar enchentes.

- No trânsito, respeitar os cones de sinalização. Eles estão ali para proteger os varredores, que estão trabalhando para deixar a cidade mais limpa.

- Respeitar os dias e horários de exposição do lixo para coleta, evitando deixar seu lixo na rua por mais tempo que o necessário.

- Embalar corretamente seu lixo, em sacolas resistentes, bem fechadas e de tamanho adequado, para evitar que elas se abram e espalhem o lixo nas vias públicas. Lixo não embalado, além de exalar mau cheiro, atrai animais que podem ser portadores de doenças.

- Proteger o vidro e outros materiais pérfuro-cortantes (estiletes, pregos, lâminas) com material resistente antes de colocá-lo na sacola e pressionar as tampas das latas para dentro. Esses materiais desprotegidos podem ferir o gari, mesmo ele usando as luvas protetoras. O gari acidentado pode ter que se afastar do trabalho e a coleta em sua região ficará prejudicada.

- A velocidade do caminhão de coleta é em média 5 a 7 km/h. É preciso a cooperação dos outros motoristas no trânsito. Infelizmente, muitos reagem com impaciência, não levando em consideração a importância do trabalho realizado pelos garis.