quarta-feira, 2 de maio de 2012

Saúde bucal de BH recebe nota máxima do Ministério da Saúde


Saúde Bucal em BH recebe nota máxima do Ministério da Saúde
Publicado em 27/04/2012 18:07:51




O investimento realizado para fortalecer a Saúde Bucal em Belo Horizonte foi um dos fatores que contribuíram para que a capital mineira recebesse o titulo de melhor desempenho entre as cidades com mais de 2 milhões de habitantes. A avaliação foi feita pelo Índice de Desenvolvimento do SUS (Idsus), realizado pelo Ministério da Saúde.

O Idsus é um indicador síntese, que faz uma aferição contextualizada do desempenho do Sistema de Único de Saúde (SUS) quanto ao acesso (potencial ou obtido) às atenções ambulatorial e hospitalar, aos serviços de urgências e emergências e em relação à efetividade da atenção básica. O índice tem pontuação que vai de 0 a 10 e leva em conta dados repassados pelos municípios ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto de Pesquisa Econômica Ampliada (Ipea) e outras instituições, entre os anos de 2008 e 2010. A capital mineira atingiu 6,4 pontos, ficando na frente de cidades também populosas como São Paulo (6,21), Brasília (5,29), Salvador (5,39), Fortaleza (5,18) e Rio de Janeiro (4,33). O Idsus é baseado em 24 indicadores de saúde. Desse total, 14 quantificam o acesso dos usuários aos serviços e 10 apontam a qualidade do atendimento.

A proporção de extração de dentes (exodontia) em relação aos procedimentos recebeu nota 10 na pesquisa. Isso significa que a população está cuidando mais dos seus dentes e os perdendo em uma proporção menor. “Um dos fatores que contribuíram para isso são as estratégias de atendimento clinico desenvolvidas em BH desde 2006. O serviço prioriza o controle das lesões bucais no menor tempo possível, o que proporciona ao usuário, um comparecimento ao serviço com menor frequência. Isso amplia o acesso da população ao serviço e produz esse tipo de resultado”, analisou o coordenador de saúde bucal da Secretaria Municipal de Saúde, Carlos Tenório.

O número de equipes de saúde bucal aumentou de 226 para 287 e até o final de 2012 serão 307 equipes. Atualmente existem na Rede SUS-BH 323 profissionais dentistas, dos quais 287 trabalham 40 horas semanais credenciados nas Equipes de Saúde bucal do Programa de Saúde da Família.

Bons exemplos

No Centro de Saúde Santa Inês, na região Leste, diversas ações implantadas aumentaram o acesso à população a saúde bucal. “A parceria com o Programa de Saúde da Família consegue intervir e levar atendimento odontológico às gestantes, idosos, diabéticos, e hipertensos”, destacou a gerente do centro de saúde, Eunice Andrade. Em 2011, menos de 10% dos atendimentos realizados na unidade foram de extração dentária. “Damos ênfase a métodos de prevenção e conscientização dos usuários para diminuir cada vez mais o número de pessoas que extraem os dentes”, afirmou o dentista da unidade, Geraldo Durães. Há pouco mais de um ano, o estudante Pablo Guedes de 17 anos, esteve na unidade, com problemas dentários e achou que teria que extrair um de seus dentes. “Fiz todo o tratamento aqui e não precisei arrancar meu dente”, comentou. O centro de saúde investe também na sala de espera com cartazes educativos sobre doenças relacionadas à saúde bucal. De acordo com a gerente há relatos de pacientes que procuram por tratamento após lêem as informações na sala de espera. A cabeleireira Thais Silva, de 24 anos, era só elogio após mais uma seção de seu tratamento dentário. “O atendimento e a atenção que recebo aqui, é muito melhor do que na rede privada”, afirmou.

Saúde Bucal em BH

Atualmente, todos os 147 centros de saúde da capital oferecem atendimento odontológico para a população. Desse total, 142 unidades estão habilitadas a fornecer próteses dentárias totais e parciais. Implantado em julho de 2010, o Programa de Realização das Próteses entregou à população de Belo Horizonte 5.202 próteses dentárias, beneficiando cerca de 4 mil pessoas.

Em 2011, o número de usuários que realizaram sua primeira consulta nas unidades Básicas chegou a 132.063. Em 2005, eram 74.925 consultas. Houve aumento também do número de tratamentos odontológicos completados de 47.747, em 2005, para 93.269 em 2011. Em 2005, eram necessárias, em média, 5,8 consultas para a conclusão do tratamento. Em 2011, esse número caiu para 2,9 consultas.

Belo Horizonte ganhou em 2011 três novos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO), que começaram a funcionar no primeiro semestre de 2011. Com a ampliação, o atendimento aumentou de 4 mil para 6 mil consultas. O acesso da população ao atendimento especializado nessas unidades ocorre através dos centros de saúde. Os casos de urgência são direcionados para as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) Norte e Oeste e também para o Hospital Municipal Odilon Behrens