quinta-feira, 10 de novembro de 2011

PBH abre maior evento de histórias em quadrinhos da América Latina





A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultural (FMC), abriu nesta quarta-feira, dia 9, o 7º Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte (FIQ). O evento vai até o dia 13 deste mês e acontece na Serraria Souza Pinto, no Centro da capital. Com entrada gratuita, o FIQ tem como objetivo dialogar com diversas iniciativas de incentivo à leitura desenvolvidas pela PBH e se transformar em um festival que vai além de um encontro de quadrinistas. O objetivo é inserir a população no processo criativo, estimulando a leitura e a aproximação da literatura.

Para a presidente da FMC, Thaïs Pimentel, o FIQ é um evento muito importante para a cidade. “Um festival como este, que tem conteúdo e linguagem dinâmicos, vem para formar e educar jovens interessados, além de interessar a toda cidade. É um grande feito para a Belo Horizonte e para os seus moradores. O mais importante é que o festival vem se firmando no cenário municipal, nacional e internacional”, comentou.

A programação do FIQ inclui mesas redondas, bate-papos, exposições e 44 oficinas, além de 69 convidados nacionais e internacionais. Entre as atividades, análises de portfólios feitas por renomados quadrinistas como Eddie Berganza, da editora DC Comics, e C.B. Cebulski, vice-presidente sênior de desenvolvimento de criadores e conteúdos na Marvel Entertainment. Participarão das mesas redondas os irmãos gêmeos Fábio Moon e Gabriel Ba, ilustradores nacionais mais premiados da atualidade, com trabalhos publicados no Brasil, nos EUA, na Espanha e na Itália. Além deles, os irmãos Luciana e Vitor Cafaggi, mineiros da capital que descobriram o gosto pelos quadrinhos no próprio FIQ.

Programação

Durante o festival serão apresentadas oito exposições com diferentes temas. Entre os destaques, a exposição “Maurício de Sousa”, que mostra a trajetória do artista que, em 2009, completou 50 anos de carreira. Na programação, ainda, a exposição “Criando Quadrinhos”, que apresenta todo o processo de criação das Histórias em Quadrinhos (HQs), destacando os meios de produção e profissionais os envolvidos. Outra exposição de destaque é “Coréia do Sul”, representando um recorte da atual produção contemporânea dos quadrinhos daquele país, homenageado nesta edição do FIQ.

Ao todo, serão feitas 44 oficinas, que incluem temas como noções básicas do desenho, perspectiva, roteirização, linguagem e técnicas do mangá, cores, estilo, layout e criação de charges, entre outras. A programação completa pode ser conferida no site do festival: (www.fiqbh.com.br).

Maurício de Sousa, 52 anos de carreira

Nascido em 27 de outubro de 1935, em Santa Isabel-SP, Mauricio Araújo de Sousa teve dez filhos. Seu primeiro personagem, um cãozinho chamado Bidu, foi criado em 1959, quando ainda atuava como repórter policial. Depois vieram outros, como Cebolinha, Piteco, Cascão, Magali, Chico Bento, Penadinho, Horácio, Raposão e Astronauta. O sucesso chegou com o lançamento da revista da Mônica pela Editora Abril, com tiragem de 200 mil exemplares.

Pensando na importância que Mauricio de Sousa tem no cenário dos quadrinhos no Brasil e no mundo, o Festival Internacional de Quadrinhos o escolheu como homenageado de sua 7° edição, em que será responsável pela identidade visual do Festival.

Após a abertura, Maurício de Souza participou de um bate-papo em que ressaltou a importância do festival e também, das HQs como arte e cultura. “O festival é uma celebração, uma festa que vem para provar que os quadrinhos são cada vez mais importantes na comunicação, na cultura, na educação e, principalmente, nas escolas, como forma de aprendizado. O que iniciamos hoje no FIQ teve um começo, mas não tem fim”, afirmou. Nesta quinta-feira, dia 10, o autor concederá duas sessões de autógrafo, a primeira das 11h às 13hs, e a segunda, a partir das 18h30.