quinta-feira, 24 de março de 2011

Politica municipal reduz mortes por AIDS em BH

O número de óbitos por Aids em residentes de Belo Horizonte sofreu uma expressiva redução em 2010. O total de mortes caiu de 156 para 70 casos, o que significa mais de 50% de queda em comparação com o mesmo período de 2009. A incidência de sífilis congênita também caiu 33,3%, passando de 60 para 40 casos nos últimos dois anos. Esses são apenas alguns dos avanços obtidos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) com o Programa de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids da capital.

Segundo o coordenador de DST e Aids da SMSA, Mateus Westin, a política municipal m se destaca por manter um alto nível de cuidado. “A assistência às pessoas que convivem com HIV/Aids tem mantido a excelência no cuidado, conforme preconiza o instrumento Qualiadis, do Departamento Nacional de DST-Aids, do Ministério da Saúde”, explica Westin. Atualmente, cerca de 6.500 pacientes HIV positivos estão em acompanhamento nos serviços especializados (SAE) de infectologia da capital.

A rede de serviços de controle de DSTs e Aids conta com equipe multiprofissional e diversificada, que foi ampliada no último ano. São médicos infectologistas adultos e pediatras, farmacêuticos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, ginecologistas, dermatologistas, cirurgiões dentistas, psicólogos e nutricionistas, todos atuando de forma articulada para garantir a integralidade do cuidado. Os SAEs contam ainda com grupos de fortalecimento da adesão ao tratamento antirretroviral. A Policlínica Centro-Sul, referência para atendimento das DST, por exemplo, passou por melhorias do fluxo de trabalho e ampliação dos recursos humanos.

Segundo a gerente do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) e do SAE Sagrada Família, Raquel Campos, a união dos dois serviços no mesmo espaço foi um grande avanço para os usuários. “Hoje o paciente vem ao CTA, recebe aconselhamento e diagnóstico. Caso o resultado seja positivo, ele já vai para casa com uma consulta marcada no SAE para iniciar o tratamento. Temos uma equipe multidisciplinar que gera mais qualidade no atendimento prestado. Outro grande avanço é o trabalho realizado na atenção primária, que ajuda no cuidado com as outras patologias que esse paciente possa vir a ter, como hipertensão e diabetes”, comenta Campos.

Os testes para HIV/Aids, sífilis e hepatites virais estão garantidos aos usuários de forma regional e descentralizada, em todos os 147 centros de saúde da cidade, somando-se ao CTA, na Unidade de Referência Secundária (URS) Sagrada Família, onde é realizado o teste rápido para HIV. As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de BH também estão preparadas para prestar adequado atendimento de profilaxia pós-exposição, 24 horas por dia, aos cidadãos vítimas de acidentes com material potencialmente infectante.