segunda-feira, 14 de março de 2011

Moradores do Aglomerado Santa Lucia debatem o Programa Vila Viva

Moradores do Aglomerado Santa Lúcia, que fica na região Centro-Sul da capital, participaram em peso de duas reuniões, ambas convocadas pela Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (Urbel). O objetivo era apresentar as propostas de urbanização do Programa Vila Viva. De acordo com o diretor-presidente da Urbel, Claudius Vinicius Leite Pereira, a comunidade já tem R$ 124,5 milhões de recursos assegurados por meio de financiamento do Governo Federal. A contrapartida do município no empreendimento é de R$ 6,2 milhões.

Claudius Vinicius assinalou que o momento é de discutir amplamente com os moradores as obras e intervenções prioritárias, de acordo com as diretrizes do Plano Global Específico (PGE) do aglomerado. “A verba não dá para fazer tudo o que é preciso, mas é um volume de recurso substancial que, bem aplicado, pode melhorar em muito as condições de vida no local, principalmente na erradicação de áreas de risco geológico, saneamento, reestruturação das vias mais importantes, construção de moradias e implantação de parques e áreas verdes”, afirmou.

O primeiro encontro foi realizado na Escola Estadual Dona Augusta Gonçalves Nogueira e reuniu cerca de 300 pessoas das vilas Barragem Santa Lúcia, São Bento e Esperança. O segundo, com aproximadamente 250 participantes das vilas Santa Rita de Cássia (Morro do Papagaio) e Estrela, ocorreu no Centro BH Cidadania na Vila Santa Rita. As apresentações foram conduzidas pela diretora de Planejamento, Maria Cristina Magalhões, e pela chefe de Divisão de Projetos e Orçamentos, Andrea Scalon Afonso.

Segundo Andrea Scalon, a maior preocupação manifestada pelos moradores durante as reuniões foram sobre remoções, o valor de indenização das benfeitorias, as formas de reassentamento e a situação de quem mora de aluguel. De acordo com ela a questão do comércio também deve receber uma atenção especial no projeto. “Uma das características do Aglomerado Santa Lúcia é dispor de grande área comercial ao longo das ruas Principal e São Tomás de Aquino e debaixo da linha de transmissão de alta tensão da Cemig, lugares que não são consolidáveis. Estamos estudando possibilidades de destinar áreas remanescentes para reassentar o comércio e também de instalá-los junto às novas unidades habitacionais”, explicou.

Nascido na Vila Santa Rita, onde viveu 16 anos, o técnico de mobilização social Joaquim Goes diz estar satisfeito por trabalhar no Vila Viva. “Estamos indo de casa em casa para conversar com os moradores e convidar para as reuniões. Assim que as pessoas vão enxergando os benefícios ficam cada vez mais favoráveis ao projeto”. Ele acrescentou que nas duas reuniões também foram indicados os componentes dos grupos de referência que irão acompanhar e fiscalizar as intervenções em todas as suas etapas.
Fonte : PBH