quarta-feira, 14 de março de 2012

Autoridades de Minas lembram os 40 anos do Palácio da Independência

AUTORIDADES LEMBRAM 40 ANOS DO PALÁCIO DA INCONFIDÊNCIA


Dinis Pinheiro, presidente da ALMG, falou do papel de destaque do Palácio da Inconfidência na história do Legislativo mineiro
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Assembleia comemora 40 anos do Palácio da Inconfidência
O papel de destaque ocupado na história do Legislativo mineiro pelo Palácio da Inconfidência, palco da promulgação da Constituição mineira de 1989, do aprimoramento da democracia e da aproximação com a sociedade, foi lembrado pelo presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), na tarde desta terça-feira (13/3/12). Ele presidiu a solenidade que comemorou os 40 anos do Palácio da Inconfidência, realizada no Plenário da ALMG, após interrupção da Reunião Ordinária. Inaugurado em março de 1972, o Palácio da Inconfidência foi tombado como patrimônio cultural de Belo Horizonte em 2009.

Na solenidade, Dinis Pinheiro anunciou a realização de um concurso público para escolher o projeto para construção de uma escultura de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, que ficará integrada ao Palácio da Inconfidência. Dinis Pinheiro explicou que no projeto original do prédio já constava a homenagem. “Este momento torna-se propício para que possamos presentear a Casa e todo o Estado com uma obra de arte que evoque Tiradentes, cujo sacrifício completa 220 anos no próximo 21 de abril”, destacou.

Em seu discurso, Dinis Pinheiro falou sobre a história do Palácio da Inconfidência e a sua importância para a sociedade. Ele lembrou que a Assembleia Constituinte responsável pela promulgação da Constituição mineira de 1989 foi realizada na atual sede do Legislativo mineiro. O parlamentar ainda salientou que o Palácio da Inconfidência vem sendo o local que se aproxima cada vez mais da população, além de ser o palco do aperfeiçoamento dos valores democráticos, o que está contribuindo para a redução da pobreza em Minas Gerais.

O presidente da ALMG também falou sobre o tombamento do Palácio da Inconfidência, quando foi considerado patrimônio cultural da Capital mineira. Para ele, o tombamento significou o reconhecimento da sede do Poder Legislativo como marco histórico e arquitetônico da história de Belo Horizonte.

História – Até a inauguração do novo prédio, a ALMG funcionava em um imóvel emprestado, na rua Tamóios, no Centro de Belo Horizonte, após o incêndio que destruiu o prédio da Praça Afonso Arinos, em 1959. A mudança para o Palácio Inconfidência se deu no mesmo período em que a Assembleia passava por um processo de modernização administrativa, que resultou na melhor organização de sua estrutura funcional e na profissionalização do corpo técnico.

Autoridades destacam a importância do Palácio para o Legislativo mineiro

Na solenidade, autoridades lembraram a história da construção do Palácio da Inconfidência e o papel que a nova sede teve para o desenvolvimento das atividades legislativas em Minas Gerais. O ex-presidente da Assembleia, João Carlos Ribeiro de Navarro, fez um relato recordando os fatos que marcaram a construção e instalação do edifício. Segundo ele, a mudança foi um momento de grande euforia para os servidores e parlamentares devido às novas condições de trabalho. "Fui testemunha do tanto que o novo prédio melhorou os trabalhos legislativos e o contato com a população e os outros poderes”, disse. Para ele, o novo prédio representou a construção de um espaço de grande funcionalidade e beleza. O ex-presidente ainda lembrou que, com o passar do tempo, o Palácio da Inconfidência foi sendo modificado para comportar o número crescente de parlamentares e servidores.

João Carlos Navarro afirmou que o Palácio da Inconfidência é o local onde tem sido construída a história recente do Parlamento mineiro e é onde vem sendo encaminhado o futuro. “O Palácio da Inconfidência tornou-se parte integrante dos grandes acontecimentos na vida de Belo Horizonte e de Minas Gerais”, ressaltou.

Nova etapa - Já o ex-diretor-geral da ALMG, Antônio Geraldo Pinto, afirmou que a inauguração do Palácio marcou a entrada do Parlamento mineiro em uma nova e inesquecível etapa de sua história institucional. Segundo ele, a construção foi fruto de um sentimento dos deputados de que era necessário se instrumentalizar para executar os trabalhos. “E o primeiro passo era equipar-se de um prédio que pudesse propiciar o desenvolvimento das atividades legislativas”, considerou.

Antônio Geraldo Pinto disse que, quando o espaço foi inaugurado, a atuação da ALMG estava limitada pelo Regime Militar e a instituição passou por um período de ostracismo. De acordo com ele, nos primeiros anos de funcionamento, havia moradores da região que desconheciam o que funcionava no local.

Ele relembrou as várias atividades que foram sendo conduzidas pela ALMG e propiciadas pelo novo espaço, ao longo dos anos, buscando recuperar o lugar da instituição na sociedade. Entre os momentos de destaque, o ex-diretor citou, por exemplo, as solenidades de hasteamento da bandeira, o início da realização dos eventos institucionais e os momentos que marcaram o período da redemocratização e a elaboração da Constituição mineira de 1989.

Escola - O governador em exercício Alberto Pinto Coelho lembrou que exerceu mandatos eletivos no Palácio da Inconfidência por 16 anos. “Aqui aprendi os valores da conciliação. Aqui foi e continuará a ser a minha escola da vida pública”, afirmou. Ele ainda falou sobre a importância do Poder Legislativo para a sociedade. “O Legislativo representa a liberdade cidadã, espinha dorsal do Estado Democrático de Direito e dos valores republicanos”, considerou.

Personalidades relacionadas à construção são homenageadas

Durante a solenidade no Plenário, foram homenageados os ex-deputados Walthon de Andrade Goulart (falecido), que presidiu a ALMG à época do concurso do projeto arquitetônico e do início da construção; Expedito de Faria Tavares (falecido), presidente que inaugurou o prédio; e o ex-presidente João Carlos Navarro. Receberam a homenagem, em nome de Walton Goulart, seu neto, Fernando Miranda de Andrade de Goulart; e em nome de Expedito Tavares, sua esposa Diana de Vasconcelos Faria Tavares.

O governador de Minas Gerais à época da inauguração, Rondon Pacheco, foi outro homenageado, sendo representado por seu irmão Célio Pacheco. Também foram homenageados dois ex-diretores-gerais da ALMG: Antônio Geraldo Pinto e José Enio Moura Rezende (falecido), que foi representado por sua filha, Lydice Salles Rezende da Fonseca.

A lista de homenageados incluiu, ainda, o arquiteto Pawel Martyn Liberman e o engenheiro Benedicto Júlio Valladares, responsáveis, respectivamente, pelo projeto arquitetônico e pela execução da obra. Os homenageados ou seus representantes receberam uma placa comemorativa.

Catálogo - Na reunião, foi lançado o “Catálogo de Bens Tombados da ALMG”. O catálogo traz fotos e informações sobre os bens móveis da Assembleia que foram tombados pelo patrimônio histórico. Os bens móveis ficarão expostos em vários pontos do Palácio da Inconfidência e poderão ser conhecidos pelo público por uma visita guiada. Essas ações fazem parte do projeto “Memória do Legislativo Mineiro”, que compõe o Direcionamento Estratégico Assembleia 2020.