Leonardo Horta/Sede
Gerson Luis Muller, da Agrogen, Dorothea Werneck e Frederico Álvares
Representantes das empresas Energás e Agrogen estiveram na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves para assinatura de protocolos de intenções com o Governo de Minas, por meio do Instituto de Desenvolvimento Integrado (Indi). Participaram da reunião a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, e o presidente do Indi, José Frederico Álvares.
O primeiro protocolo foi firmado com a Agrogen, que irá investir R$ 258,6 milhões para ampliar o abate de aves da unidade que adquiriu da Cossisa, em Sete Lagoas. “Vamos investir em granjas de matrizes, fábrica de ração, frigorífico, incubatório e na parte administrativa da empresa”, comentou o diretor administrativo financeiro da Agrogen, Gerson Luís Muller.
O empreendimento, iniciado em maio de 2010, prevê a criação de 1.300 empregos diretos e outros 5.200 indiretos, até sua conclusão, prevista para maio de 2014. “Estamos muito otimistas com esse novo projeto. Compramos a Cossisa com um patamar de 45 mil abates de aves por dia. Hoje, já estamos com 100 mil abates/dia e a nossa meta é chegarmos, em 2014, com 300 mil abates/dia. É um projeto muito ambicioso, que irá contribuir ainda mais com o desenvolvimento da região”, explicou Gerson.
A Agrogen
A empresa foi fundada em 1990, com foco na promoção do melhoramento genético de aves. Instalada inicialmente na localidade de Dom Diogo, município de Salvador do Sul (RS), a Agrogen atualmente está sediada em Montenegro (RS). O complexo agrícola da empresa nesta cidade conta com unidade industrial, fábrica de ração, laboratório, incubatório de aves e três granjas. A empresa possui outras três granjas e dois incubatórios instalados em municípios do Rio Grande do Sul e Paraná.
Em maio de 2010, a Agrogen S.A. Agroindustrial adquiriu a Cossisa Agroindustrial S/A, de Sete Lagoas, que atuava no abate e comercialização de aves. O complexo da Cossisa inclui um abatedouro, com área de 180 mil metros quadrados, um frigorífico com capacidade para a estocagem de 800 toneladas e uma fábrica de ração, que ocupa uma área de 60 mil metros quadrados.
Energia renovável
O outro protocolo é da Energás, que irá investir R$ 10,7 milhões no projeto de implantação de uma usina termelétrica destinada à captação de biogás e produção de energia, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Segundo o diretor administrativo da empresa, Enrico Maria Roveda, “a termelétrica terá potência instalada de 1,4 megawatts (MW) no início da operação, previsto para dezembro deste ano. A expectativa é de que, em 2014, essa potência alcance a capacidade de 2,8 megawatts (MW)”.
Durante a reunião, a secretária Dorothea Werneck afirmou que esse novo empreendimento da Energás está alinhado às principais metas do Estado, no âmbito da produção de fontes renováveis de energia. “Temos que aproveitar o potencial energético de Minas Gerais, com novas alternativas de aproveitamento da energia, no sentido de reforçar o sistema elétrico regional”, comenta.
A empresa
A Energás é uma joint venture firmada entre as empresas Asja Brasil (que compõe o grupo internacional Asja) e Limpebrás Resíduos, cujo principal objetivo é o desenvolvimento de aproveitamento energético do biogás do aterro sanitário de Uberlândia. A Asja.biz, outra sociedade pertencente ao grupo, foi a primeira empresa italiana a desenvolver e realizar projetos de redução das emissões de “gases de efeito estufa” no âmbito do Protocolo de Kyoto, operando em particular no setor de biogás com projetos na China e na América Latina.
Atualmente, a empresa é responsável pela operação da planta de geração de energia elétrica, a partir do biogás, instalada no aterro sanitário da BR-040, em Belo Horizonte. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) é parceira da Asja na comercialização da energia gerada por esta planta. A Limpebrás Resíduos Ltda. é uma empresa do grupo Limpebras, sediada em Uberlândia. A empresa foi constituída 2008, com o objetivo específico de implantar o aterro sanitário daquele município.