segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Exportação do agronegócio mineiro cresce 34,5% até Julho

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BELO HORIZONTE (05/08/11) - As exportações do agronegócio mineiro cresceram 34,5% de janeiro a julho deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. O valor exportado nos primeiros sete meses de 2011 foi de US$ 5 bilhões. O crescimento estadual é maior que o verificado na média das exportações do agronegócio nacional.
O aumento registrado no valor das exportações brasileiras foi de 22% no período, totalizando US$ 51,6 bilhões. Os números das vendas internacionais foram analisados pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), com base nas informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Os principais destinos dos produtos do agronegócio mineiro foram Alemanha, Estados Unidos e Japão. Dentre os principais produtos da pauta de exportação, o milho foi o que registrou alta mais significativa, com aumento de 767% no valor negociado, totalizando US$ 58 milhões. O valor da venda do café somou US$ 2,9 bilhões nos sete primeiros meses do ano, com aumento de 57% em relação ao mesmo período do ano passado.
As exportações do complexo soja - farelo, óleo e grão - movimentaram US$ 447 milhões no período. O crescimento de 69% foi motivado, principalmente, pelo crescimento das exportações do farelo. No segmento de carnes, o destaque ficou para as exportações de frango, que registraram crescimento de 57% no valor negociado, alcançando US$ 190 milhões.
Commodities valorizadas
A diferença entre as exportações e importações do agronegócio mineiro totalizou US$ 4,8 bilhões. O valor corresponde a 31% do saldo da balança comercial de Minas Gerais. Segundo o superintendente de Política e Economia Agrícola da Seapa, João Ricardo Albanez, o crescimento nos valores negociados pelo Estado é reflexo da valorização das commodities.
“Para se ter uma ideia, no período de janeiro a julho deste ano, a tonelada do café foi comercializada pelo preço médio de US$ 4,5 mil. O aumento é de 68% em relação ao valor comercializado no mesmo período do ano passado”, compara.
Na análise do superintendente, outro ponto que tem favorecido o crescimento dos valores negociados é o nível dos estoques mundiais, que estão abaixo da média, ajudando a manter os preços em patamares superiores. “Além disso, os países emergentes (Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul) têm registrado aumento no consumo interno, em função da melhoria de renda da população.”
Alguns produtos, entretanto, sinalizaram retração na receita de venda no período: álcool (-71%), carne suína (-41%), carne bovina (-7%) e algodão (-6%).