segunda-feira, 23 de maio de 2011

BH comemora 20 anos de arquivo público

Na sexta-feira, dia 20, o Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte (APCBH) completou 20 anos de preservação do patrimônio documental da capital. Maria do Carmo Andrade Gomes, diretora do APCBH, acredita que o momento é de reflexão sobre o trabalho realizado até agora e também de reconhecimento das conquistas. "Comemoramos, sobretudo, o nosso êxito em fazer crescer qualitativa e quantitativamente o nosso acervo e o acesso a ele. Aumentamos a prestação de serviços como pesquisa, visitas técnicas, digitalização, educação patrimonial e conservação", afirma.

Em seminário realizado na última semana para comemorar o vigésimo aniversário do Arquivo Público, a primeira diretora do APCBH, Norma de Góes Monteiro, foi homenageada. Emocionada, ela se lembrou de percorrer as secretarias do município para explicar a importância da memória e da gestão de documentos, enquanto reunia e organizava os arquivos das instituições. Numa dessas visitas, na época em que dirigia o Arquivo, ela encontrou as plantas do plano diretor da cidade de Belo Horizonte e deu início ao acervo do APCBH.

Atualmente, a instituição é responsável pela guarda de mais de mil metros lineares de documentos textuais e mais de 300 mil documentos fotográficos, além de mapas, filmes e outras fontes. Maria do Carmo, que dirige o Arquivo Público atualmente, acredita que houve avanços na implementação de instrumentos legais e técnicos de gestão de documentos, dentro da administração pública municipal, desde a criação de uma Câmara Técnica da Avaliação de Documentos e a implantação da Tabela de Temporalidade dos Documentos. "Agora precisamos avançar no aprimoramento desses mecanismos, na difusão e consolidação do Arquivo e, muito especialmente, na conquista de uma sede própria e adequada para nossa instituição", diz ela.

Maria do Carmo esclarece ainda que manter os acervos documentais significa preservar os registros fundamentais de nossa história para o avanço do conhecimento científico e para a garantia dos direitos dos cidadãos à informação pública. "Nosso trabalho é preservar a memória de nossa cidade, especialmente aquela registrada na documentação pública de valor histórico e informativo e garantir a todos os cidadãos de Belo Horizonte o acesso amplo e qualificado aos mesmos", ressalta.