Em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte e com o Governo do Estado, o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) e o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promoveram nesta terça-feira, dia 5, o segundo Seminário Copa Sustentável, realizado na sede do Crea-MG, no bairro Santo Agostinho, com o objetivo de discutir os empreendimentos para a Copa de 2014 e o legado pós-Copa. O presidente do Comitê Executivo Municipal da Copa 2014, Tiago Lacerda, e o diretor-presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, foram os representantes da PBH no evento. Além deles, participaram do seminário o presidente do Crea-MG, Gilson Queiroz, o presidente do Confea, Marcos Túlio de Melo, e o secretário estadual extraordinário para a Copa do Mundo, Sérgio Barroso, entre outras autoridades.
O seminário, que teve sua primeira edição realizada na última semana em Brasília, foi dividido em cinco mesas temáticas, onde foram discutidos temas como infraestrutura, viabilidade econômica e sustentabilidade, entre outros. Ramon Victor participou da primeira mesa realizada e apresentou todos os projetos de melhoria da mobilidade urbana na capital, que envolvem, por exemplo, a implantação do sistema de Transporte Rápido por Ônibus (BRT). Ramon também explicou algumas intervenções viárias que estão em execução ou em fase de elaboração do projeto, como a Via 210, que vai ligar a Via do Minério à avenida Teresa Cristina, e a Via 710, que vai fazer a ligação entre as avenidas dos Andradas e Cristiano Machado.
Tiago Lacerda falou sobre os principais aspectos que precisam ser aprimorados para a Copa do Mundo de 2014, como mobilidade, rede hoteleira e capacitação de profissionais e explicou as exigências da Fifa para a realização do Mundial. Segundo ele, os projetos de Belo Horizonte estão divididos em seis áreas: infraestrutura esportiva, mobilidade, turismo e rede hoteleira, comunicação e marketing, utilidade pública e exigências da Fifa. “O mais importante é não realizar projetos que atendam somente às exigências da Fifa, mas que deixem um legado para a cidade. Temos 54 projetos em execução ou a serem executados, dos quais 24 deixarão um legado para Belo Horizonte, 24 servirão como atendimento ao torcedor e apenas seis são projetos que apenas atendem às exigências da Fifa”, destacou. Tiago afirmou que, devido ao cumprimento do cronograma da Fifa, Belo Horizonte tem causado ótimas impressões às autoridades de outros estados e, principalmente, ao Governo Federal. “Nosso prazo não é a Copa do Mundo e sim a Copa das Confederações, realizada no ano que antecede o Mundial. A Prefeitura garante que todos os projetos vão estar concluídos em 2013”, afirmou.
Exemplo de BH
Alcino Rocha, representante do ministro do Esporte, Orlando Silva, no evento, ressaltou o quanto a Fifa tem mantido um controle rigoroso em relação ao cumprimento de prazos. Segundo ele, dez das 12 cidades-sede do Mundial de 2014 cumprem o cronograma de obras em seus estádios e o Mineirão é destaque entre eles. “A Copa das Confederações será realizada com o Brasil tendo mais estádios do que o evento exige. O Mineirão será referência não só do ponto de vista do cumprimento do cronograma, mas também no aspecto da sustentabilidade”, disse. Rocha destacou também a preocupação em fazer investimentos com responsabilidade, de maneira que os benefícios dos projetos permaneçam depois do Mundial. “Queremos fazer com que o Brasil fique marcado como um país que sabe investir seus recursos com responsabilidade. Não temos dúvida que a Copa de 2014 será muito bem recebida no país e temos certeza que Minas Gerais será referência no sucesso do evento”, concluiu.
Fonte : PBH